Hoje pela manhã (16 de fevereiro de 2011), ao tentar sair da minha residência para trabalhar, fui surpreendido com a visão da enxurrada na minha porta, um espetáculo digno de toda a exuberância hidrográfica das cachoeiras do Acaba-Vida e do Redondo. Enquanto tentava atravessar o volumoso curso d’água, me veio à mente a imagem da Prefeita tentando fazer o mesmo que eu naquele momento de chuvas intensas.
Caso tomasse a decisão de caminhar ou trafegar em bicicleta da sua residência à sede do Executivo municipal, as consequências poderiam ser graves, pois, convenhamos, com o corpo diminuto que possui, certamente pereceria diante da força das águas (não sei por que, mas me lembrei do post que o Prof. Sandro escreveu sobre o 2 de fevereiro...). Porém, na hipótese de ter conseguido escapar de tão furiosa ação da Natureza (sempre culpada, oras!), teria que enfrentar o dilema de andar/pedalar nas calçadas – com água até a altura dos tornozelos – ou em meios aos carros, onde a profundidade é, por assim dizer, tolerável. Seria desesperador!
Como não ficaria bem à figura de tamanha importância chegar em frangalhos no escritório oficial, passei a cogitar a possibilidade da Chefe do Executivo municipal seguir em direção ao trabalho em transporte coletivo. Teria que enfrentar a triste situação de proteger-se da chuva em uma parada de ônibus lotada, cheia de goteiras e com lixo boiando em torno dos pés. Pensando bem, apesar de constrangedora, a espera pelo transporte até teria uma finalidade didática, já que seria uma verdadeira prévia do que viria após ingressar no veículo. Não duvido que a Prefeita aprenderia as “manhas” de ser usuária dos ônibus coletivos de Barreiras.
Por outro lado, toda prefeitura, por mais ineficiente que seja, possui carros oficiais para o deslocamento das suas autoridades. Assim, refiz meus devaneios e imaginei a mandatária do município em um belíssimo “chapa branca”, tentando se desvencilhar dos buracos que se multiplicam no que já foi a pavimentação asfáltica de Barreiras. Mais fantasioso ainda é pensar em quem ela culparia, quando, ludibriada pelas águas pluviais não escoadas, a nossa incauta personagem caísse em uma daquelas valas existentes na interseção das vias.
Pobre destino o da nossa Chefe do Executivo: viver em uma cidade onde nada se fez para lidar com a destinação das águas pluviais, onde o transporte público se deteriora a cada dia e, enfim, onde não se teve a menor preocupação em promover acessibilidade, nem em dias de chuva, nem em dias de sol. Por outro lado, como diriam os mais velhos, “dos males, o menor”: já pensou se a Prefeita morasse na Vila Rica, Vila Brasil, Morada da Lua ou Cascalheira?! Aí sim, ela estaria – perdoem o trocadilho – “com os burros n’água”!!
Na verdade, toda esta “saga” que idealizei, tendo a Prefeita como personagem, é realidade na vida de milhares de barreirenses que lidam com problemas semelhantes aos relatados sempre que precisam sair de suas moradias em dias de chuva. Tais problemas resultam, pura e simplesmente, de gestões equivocadas naquilo que é atributo fundamental de toda municipalidade: promover política de infraestruturação urbana e oferta de serviços públicos de qualidade.
Diante de tudo isto, começo a pensar na inadequação da frase-título deste texto em relação àquilo que pretendi expressar como indignação diante da realidade que vigora em Barreiras. Ao que tudo indica, seria mais apropriado perguntar: Será que a Prefeita dorme em paz quando chove?
Caso tomasse a decisão de caminhar ou trafegar em bicicleta da sua residência à sede do Executivo municipal, as consequências poderiam ser graves, pois, convenhamos, com o corpo diminuto que possui, certamente pereceria diante da força das águas (não sei por que, mas me lembrei do post que o Prof. Sandro escreveu sobre o 2 de fevereiro...). Porém, na hipótese de ter conseguido escapar de tão furiosa ação da Natureza (sempre culpada, oras!), teria que enfrentar o dilema de andar/pedalar nas calçadas – com água até a altura dos tornozelos – ou em meios aos carros, onde a profundidade é, por assim dizer, tolerável. Seria desesperador!
Como não ficaria bem à figura de tamanha importância chegar em frangalhos no escritório oficial, passei a cogitar a possibilidade da Chefe do Executivo municipal seguir em direção ao trabalho em transporte coletivo. Teria que enfrentar a triste situação de proteger-se da chuva em uma parada de ônibus lotada, cheia de goteiras e com lixo boiando em torno dos pés. Pensando bem, apesar de constrangedora, a espera pelo transporte até teria uma finalidade didática, já que seria uma verdadeira prévia do que viria após ingressar no veículo. Não duvido que a Prefeita aprenderia as “manhas” de ser usuária dos ônibus coletivos de Barreiras.
Por outro lado, toda prefeitura, por mais ineficiente que seja, possui carros oficiais para o deslocamento das suas autoridades. Assim, refiz meus devaneios e imaginei a mandatária do município em um belíssimo “chapa branca”, tentando se desvencilhar dos buracos que se multiplicam no que já foi a pavimentação asfáltica de Barreiras. Mais fantasioso ainda é pensar em quem ela culparia, quando, ludibriada pelas águas pluviais não escoadas, a nossa incauta personagem caísse em uma daquelas valas existentes na interseção das vias.
Pobre destino o da nossa Chefe do Executivo: viver em uma cidade onde nada se fez para lidar com a destinação das águas pluviais, onde o transporte público se deteriora a cada dia e, enfim, onde não se teve a menor preocupação em promover acessibilidade, nem em dias de chuva, nem em dias de sol. Por outro lado, como diriam os mais velhos, “dos males, o menor”: já pensou se a Prefeita morasse na Vila Rica, Vila Brasil, Morada da Lua ou Cascalheira?! Aí sim, ela estaria – perdoem o trocadilho – “com os burros n’água”!!
Na verdade, toda esta “saga” que idealizei, tendo a Prefeita como personagem, é realidade na vida de milhares de barreirenses que lidam com problemas semelhantes aos relatados sempre que precisam sair de suas moradias em dias de chuva. Tais problemas resultam, pura e simplesmente, de gestões equivocadas naquilo que é atributo fundamental de toda municipalidade: promover política de infraestruturação urbana e oferta de serviços públicos de qualidade.
Diante de tudo isto, começo a pensar na inadequação da frase-título deste texto em relação àquilo que pretendi expressar como indignação diante da realidade que vigora em Barreiras. Ao que tudo indica, seria mais apropriado perguntar: Será que a Prefeita dorme em paz quando chove?
Por Paulo Baqueiro (Professor da UFBA)
Acho que a prefeita está pensando em promover a prática de espotes em Barreiras: CANOAGEM e RALLY pelas ruas da "Cidade Mãe".
ResponderExcluirotimo texto
ResponderExcluireu particularmente morro em um bairro periferico e enfrento todos os dias os mais diversos obstaculos para transitar de casa para a universidade e vice versa, e muita vezes imagino a excelentissima senhora prefeita fazendo o mesmo percusso e passando pelos mesmo transtornos que eu, ouso afirmar que a mesma nem suportaria oque nos estamos acostumados a enfrentar diariamente, certamente se ela o fizesse a situação da cidade nao estaria no jeito que se encontra.
o descasso da atual prefeita deixa a nos mulheres, que somos sinonimo de organização, superação, e luta em "saias justas" ela que me perdoe o trocadilho.
postado por
VANESSA PAULA
paullavannessa1614@hotmail.com
Realmente... seja nos dias de chuve ou nos dias de sol... Barreiras é um "caos". As péssimas condições na infraestrutura são a ponto da iceberg. Em um episódio da minha insignificante vida, presenciei uma dessas chuvas "arrasadoras" quando estava no bairro Vila "Rica" (de buracos!!!), a qual não tenho nem como descrever, eram cenas dignas de filmes de escatologia holiudianos. Nesse dia, cheguei até brincar e declarar: Daqui a pouco Barreiras se torna a nova Atlântida, que ao invés de afundar no oceano, vai sumir na CHUVA...
ResponderExcluirP.S. Segundo as previsões, vem mais chuva por aí.... Então, salve-se quem puder!!!
Pela resposta do povo nas últimas eleições onde foram eleitos os 2 candidatos com apoio na nossa dignissima prefeita ela está fazendo um ótimo governo, eu tb acho isso, pois tenho a minha L200 e não vejo nada demais nas ruas de barreiras, acho é bom pra treinar pro próximo rally dos sertões sem sair da cidade. Viva ao governo da cidade mãe!!!!!! Viva povo de barreiras mudar pra que. Sejamos como tocos de madeira e vamos é ficar parados até a próxima enxurrada nos levar!!!!
ResponderExcluir